Luísa é uma jovem designer de interiores, inteligente, bonita, amorosa e que já sofreu muito por amor devido a decisões de seus ex-namorados e isso a deixou insegura para novos relacionamentos e isso fazia com que evitasse novos amores. Leonardo é um advogado bonito,inteligente, rico e gentil, que não mede esforços para ajudar aqueles de quem gosta, ele achava que havia encontrado o amor de sua vida na adolescência, até precisar se afastar e então descobriu que é capaz de amar loucamente outra mulher novamente. Um desfalque na empresa fez surgir uma grande amizade e através de um contrato, eles serão capazes de descobrir que é possível amar novamente, sem que nada ou pelo menos quase nada atrapalhe. "Sei que é um pouco tarde para pedir, mas me deixa te beijar. Acho que não é uma boa ideia. Me parece uma ótima ideia... Espero que você me deixe fazer isso mais vezes... Dorme comigo essa noite... Quero fazer amor com você... Eu também quero... Ele era tão carinhoso, cuidadoso, eu estava nas nuvens." Venha conhecer esse casal e se apaixonar também, este é o primeiro livro de uma série de histórias de três casais, que após desilusões e traumas, acabam encontrando pessoas especiais para seguir em frente.
Ler maisLeonardoAs coisas no trabalho estavam indo tão bem. Pela primeira vez em meses, eu podia respirar com um pouco mais de leveza. A empresa finalmente dava lucro, os contratos que batalhamos tanto estavam fechados, as negociações fluíam com segurança. Era como ver o resultado de uma colheita depois de uma longa seca.E com o jantar de Natal marcado para acontecer lá em casa, eu fazia questão de sair todos os dias no horário. Queria estar ao lado da Luísa nos preparativos, participar dos detalhes, fazer parte daquilo com ela. No meio da tarde, Carolina entrou na minha sala.— Leonardo, temos algumas coisas a resolver, mas prometo ser breve — disse, deixando um pedaço de bolo sobre minha mesa. — Eu, como uma boa assistente contábil, também quero sair no horário na semana do Natal — completou com um sorriso leve.— Obrigado, Carolina — respondi, pegando o garfo e olhando os papéis que ela já começava a organizar.Trabalhamos juntos por cerca de duas horas, revisando cláusulas, ajustando m
LuísaO jantar estava perfeito. Tudo tão bonito, colorido, bem servido. As crianças correndo, os sorrisos, o brilho nos olhos... era como se aquele lugar estivesse cheio de uma energia que só o Natal consegue trazer. Eu estava plena. De verdade. Feliz com cada detalhe.Ver meu pai vestido de Papai Noel, fazendo graça com as crianças, sentando com elas, fingindo que a barriga era real, que o trenó estava estacionado na porta… aquilo aqueceu meu coração de um jeito que eu não conseguia explicar. Era amor em forma de cena, era um retrato que eu queria guardar na memória para sempre.Estava tão absorvida naquela felicidade, naquele momento, que quando Leonardo me chamou e eu me sentei no colo dele, achei que fosse apenas mais uma troca de carinho entre nós. Mas aí veio a pergunta:— O que você acha de adotar?Por um segundo, tudo parou. Fiquei surpresa. A pergunta me pegou desprevenida. Nunca havíamos falado seriamente sobre isso. Conversamos tanto sobre ter um filho, fiz tantos exames, f
LeonardoTudo estava simplesmente lindo. A árvore montada com tanto carinho, os presentes organizados, os detalhes da decoração escolhidos com atenção... Era impossível não notar o cuidado em cada cantinho daquele lugar. E por mais que eu tivesse ajudado aqui e ali, sabia que o mérito era quase todo da Luísa. Ela fez tudo acontecer.Depois que terminamos de organizar tudo, voltamos para casa para nos arrumar. Eu a observei em silêncio por alguns segundos enquanto ela terminava a maquiagem no espelho. Me aproximei devagar, a envolvi pela cintura e murmurei:— Você está maravilhosa.Ela sorriu pelo reflexo.— Obrigada, meu amor.— Parabéns por hoje. Se não fosse o seu esforço, nada disso seria possível.— Você também fez muito.— Não tanto quanto você — falei, beijando seu pescoço com carinho. — Linda e cheirosa como sempre.Ela se virou e me deu um beijo calmo, cheio de ternura.— Obrigada, Leonardo. Por tudo.Saímos então em direção ao projeto social. Eu estava feliz, animado... e, ac
LuísaEu sempre amei o Natal. As luzes, os cheiros, as músicas suaves no fundo das lojas, os filmes repetidos na televisão, os cartões que quase ninguém mais mandava, mas eu ainda guardava com carinho. Sempre houve algo mágico nesse tempo do ano — uma sensação de recomeço, de esperança, de calor no peito.Mas agora, tudo parecia ainda mais especial.Talvez fosse o projeto social. Ou talvez fosse o fato de, mesmo com tudo o que passamos, ainda estarmos juntos, firmes, tentando. E mais do que isso: fazendo algo por alguém além de nós. Ajudar aquelas mulheres e crianças tinha dado um novo sentido às minhas semanas, preenchendo um espaço dentro de mim que andava doendo em silêncio.Íamos oferecer o jantar de Natal em casa para os familiares e amigos mais próximos, mas agora havia também a missão de preparar algo para o projeto social. E só de pensar nisso, eu me sentia cheia de vida.No sábado, eu e Leonardo compramos uma quantidade absurda de coisas. Saímos cedo, voltamos só no fim da ta
LeonardoDezembro chegou, e com ele, aquele ritmo frenético que o fim do ano sempre trazia. O escritório estava uma loucura, prazos apertados, reuniões acumuladas, encerramento de contratos... Mas, ao mesmo tempo, havia um clima diferente no ar. As luzes, as músicas, a comida — tudo isso fazia parte do que Luísa sempre amou no Natal. E por mais que eu nunca tenha sido o mais festivo dos homens, confesso que aprendi a gostar dessa época por causa dela.Tantas coisas aconteceram este ano... Tantas mudanças, momentos bons, difíceis, dolorosos e também bonitos. Não planejamos nenhuma viagem para as festas. Iríamos ficar em casa, com familiares. Organizar um jantar, trocar presentes com nossas famílias. E, claro, ela queria fazer algo especial para o projeto social. Era o novo amor da vida dela, eu sabia. As mulheres e crianças daquele lugar ganharam um espaço enorme no coração da minha esposa. E ela levava isso a sério — com compromisso, responsabilidade e afeto. Era impossível não admira
LuísaFiz todos os exames possíveis e imagináveis.Consultei mais de um médico. Contei minha história, descrevi tudo, entreguei relatórios, papéis, perguntas engasgadas.Ouvi o que eles tinham a dizer — todos eles.E a resposta era sempre a mesma: "Você não tem nada que a impeça de engravidar."A primeira vez que ouvi isso, senti alívio. Na segunda, desconfiança.Na terceira, raiva.Como assim eu não tinha nada?Então por que todo mês eu me decepcionava sozinha no banheiro?Por que cada teste dava negativo, por que o atraso era só mais uma esperança falsa, por que meu corpo parecia tão silencioso diante de algo que eu queria tanto?Comecei a evitar o assunto. Não com Leonardo — com o mundo. Comigo.Era como se qualquer palavra sobre o tema abrisse uma porta para um lugar que eu não estava pronta para visitar.Então, silenciosamente, decidi enterrar o assunto. Não desistir… mas deixar em suspenso.Guardar dentro de uma caixinha imaginária no fundo do peito e seguir. Seguir como da
Último capítulo