Luísa é uma jovem designer de interiores, inteligente, bonita, amorosa e que já sofreu muito por amor devido a decisões de seus ex-namorados e isso a deixou insegura para novos relacionamentos e isso fazia com que evitasse novos amores. Leonardo é um advogado bonito,inteligente, rico e gentil, que não mede esforços para ajudar aqueles de quem gosta, ele achava que havia encontrado o amor de sua vida na adolescência, até precisar se afastar e então descobriu que é capaz de amar loucamente outra mulher novamente. Um desfalque na empresa fez surgir uma grande amizade e através de um contrato, eles serão capazes de descobrir que é possível amar novamente, sem que nada ou pelo menos quase nada atrapalhe. "Sei que é um pouco tarde para pedir, mas me deixa te beijar. Acho que não é uma boa ideia. Me parece uma ótima ideia... Espero que você me deixe fazer isso mais vezes... Dorme comigo essa noite... Quero fazer amor com você... Eu também quero... Ele era tão carinhoso, cuidadoso, eu estava nas nuvens." Venha conhecer esse casal e se apaixonar também, este é o primeiro livro de uma série de histórias de três casais, que após desilusões e traumas, acabam encontrando pessoas especiais para seguir em frente.
Leer másLuisa
Às 06h30 o relógio despertou, era segunda-feira, eu estava naquela preguiça de final de semana, mas eu precisava levantar. Me espreguicei, passei a mão no rosto e finalmente levantei, fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, fiz um rabo de cavalo nos cabelos, passei hidratante e protetor, coloquei minha roupa de academia, coloquei o tênis e sai. Essa era minha rotina da manhã. Eu amava me cuidar, me olhar no espelho e me sentir bonita, claro que também havia a parte da saúde, era um momento onde podia escutar minhas músicas, organizar meus pensamentos e muitas vezes não pensar em nada.
Era 08h00 quando cheguei em casa, lavei as mãos, fiz uma vitamina de abacate e precisava me arrumar para ir trabalhar. Tomei um banho, lavei o cabelo, sequei, coloquei uma calça preta, um scarpin preto, uma blusa azul marinho, fiz uma maquiagem básica para o dia a dia, peguei minha bolsa e saí de casa. Normalmente levava 45 minutos até o trabalho, eu amava o que fazia, era Design de interiores na empresa de arquitetura de um grande amigo do meu pai, o senhor Carlos Horta, ele e meu pai se conheceram na faculdade e são amigos desde então. Quando estava na faculdade ele me ofereceu um estágio, aceitei prontamente, pois tinha muita vontade de aprender, quando me formei ele me deu a oportunidade de ser assistente de um dos melhores arquitetos da empresa e agora, tenho a oportunidade de estar a frente de um dos maiores projeto, a construção de um shopping no interior do estado.
Eu amava o que fazia, quando criança adorava desenhar e ser designer foi uma grande realização, eu tirava boas notas na escola e na faculdade, a oportunidade de trabalhar em um escritório grande, com muitas possibilidades de projeto, com certeza me fazia feliz. Não nego que a rotina muitas vezes era cansativa, principalmente quando precisava visitar alguma obra ou fornecedores, mas eu adorava. Muitos me perguntavam se eu não queria ser arquiteta, mas sinceramente? Não queria não, planejar ambientes era sem dúvida uma grande paixão, claro que eu poderia fazer os dois, mas no momento aquilo estava de bom tamanho.
Carlos tem um filho uns 3 anos mais velho que eu, o Leonardo, apesar de nossos pais serem grandes amigos, não tivemos a oportunidade de conviver muito, pois por muito tempo moramos em cidades diferentes, tenho lembranças vagas dele criança em alguns encontros de nossos pais, na adolescência nosso grupo de amigos era diferente, então quase nunca nos encontramos e como eu era mais nova, os garotos não queria se misturar. Quando terminou a faculdade, ele trabalhou no jurídico da empresa, mas resolveu morar um tempo fora, aperfeiçoar o idioma e fazer uma especialização em relações internacionais e foi nesse meio tempo que vim trabalhar aqui, então, não nos encontramos, a secretária e o senhor Carlos sempre falava dele com carinho e eu sempre ficava curiosa para conhece-lo, já havia visto algumas fotos, mas queria vê-lo pessoalmente depois de adulto, mas não imaginei que seria tão rápido.
LuísaNo dia seguinte à festa, o clima era de calmaria. Luca brincava com os laços dos presentes, mais interessado nas embalagens do que nos brinquedos em si. E Laura, claro, fazia questão de mostrar tudo a ele.— Esse é do vovô e da vovó, olha que legal! — dizia com entusiasmo, balançando um carrinho de madeira na frente do irmão.Ela pegava os brinquedos, apertava os botões, mostrava como funcionavam e ria toda vez que Luca se encantava com o som ou com as luzes. E quando ele tentava se levantar para pegar algum, ela já estendia as mãos.— Vem, eu te ajudo — dizia com delicadeza.Ele segurava nos dedinhos dela e dava passinhos ainda incertos, mas firmes, e ela seguia guiando com paciência e orgulho. Era incrível ver como Laura havia se tornado uma irmã mais velha carinhosa, cuidadosa, atenta. Era como se ela tivesse nascido para aquele papel.— Você está fazendo um excelente trabalho, mocinha — disse Leonardo, observando os dois.— Eu sou a irmã mais velha, né papai? — respondeu ela
LuísaOs dias estavam passando rápido, e eu sentia que, finalmente, tudo estava entrando nos eixos. Me sentia bem, inteira. Voltar ao trabalho foi revigorante. Eu amo o que faço, e estar envolvida novamente nos meus projetos me faz sentir viva. A rotina com as crianças era puxada, mas encontrar esse equilíbrio entre casa e profissão me trazia um orgulho silencioso.O resort que estávamos trabalhando no litoral estava com a obra bem avançada. Os projetos estavam ficando lindos, do jeitinho que eu havia imaginado. As áreas externas estavam ganhando forma, os quartos começando a receber acabamento, e eu me pegava sonhando com o dia em que tudo estaria pronto. Ver algo nascer do papel, do meu traço, e se tornar um espaço real... era mágico. Me realizava.E além da rotina corrida, estávamos animados com a nossa primeira viagem em família. Havíamos escolhido a data para a viagem a Belize. O lugar onde vivi um dos momentos mais especiais da minha vida ao lado de Leonardo. E agora, íamos volt
LuísaA festa foi linda. Simples, mas cheia de amor. Laura estava radiante, sorridente, se divertindo com os amiguinhos, abraçando os avós, correndo de um lado para o outro com as bexigas e se deliciando com os doces e o bolo. E no fim, era isso o que eu mais queria: vê-la feliz.Conforme o sol foi se escondendo e o céu começava a se pintar de tons alaranjados, os convidados começaram a se despedir. Ajudamos as crianças a entregarem as lembrancinhas e demos tchau a cada família com um sorriso cansado, mas satisfeito. Foi um dia intenso, cheio de emoção, e eu só conseguia agradecer por cada pedacinho dele.Depois que todos foram embora, a casa estava um pouco bagunçada, mas nada que nos preocupasse. Leonardo levou Luca para o banho e eu fui com Laura para o banheiro dela. Ela estava tão cansada que encostou a cabeça no meu ombro enquanto eu a despia, com os olhos meio fechados.— Foi legal, mamãe… — murmurou ela, sonolenta.— Que bom, meu amor. Era tudo pra você — respondi com um beijo
LuísaAcordei com o coração apertado — mas não de dor, e sim de emoção. Era o aniversário da minha menina. Quatro anos. Já? Me espreguicei devagar e fiquei ali deitada, olhando para o teto por alguns minutos, tentando absorver a dimensão daquele dia. Era impossível não voltar no tempo.Lembrei com nitidez do momento em que tudo começou: A ligação que mudou a nossa vida. Uma criança linda de dois anos, saudável, e já disponível para conhecer a nova família.Lembro do frio na barriga, da mão suada segurando a dele no carro enquanto íamos até o abrigo. O coração acelerado. Quando entramos naquela sala simples, ela estava ali, sentada no cantinho, tímida, linda, os cabelos cacheados caindo sobre os olhos grandes, atentos, desconfiados.Ela parecia comigo. Era como se o destino tivesse dado um jeito de nos encontrar. E quando ela olhou para mim e deu aquele sorrisinho tímido… foi ali. Foi ali que eu soube que ela era minha filha.Lembrei também do dia em que a levamos para casa pela primei
LuísaO tempo estava voando. Na próxima semana eu já voltaria ao trabalho. Parte de mim sentia a necessidade de sair de casa, ver pessoas, falar sobre algo além de fraldas, mamadas e brinquedos espalhados pela sala. Mas, mesmo assim, havia um nó no peito. Eu não me sentia totalmente pronta.Além disso, o aniversário da Laura estava se aproximando, e eu queria organizar tudo com carinho — como nossa princesinha merece.“Gabi, topa ir comigo comprar umas coisas pro aniversário da Laurinha?”“Claro que sim! É só me avisar o horário.”E foi assim que, no sábado, saímos juntas. Compramos itens de decoração, descartáveis e outras coisinhas que eu queria escolher pessoalmente. Depois fomos almoçar. Desde que o Luca nasceu, nós não tínhamos tido um momento só nosso. Estava com saudade disso também.— Lu, as coisas do aniversário estão lindas. Vai ficar perfeito!, disse Gabriella.— Eu tô ansiosa... Às vezes nem acredito que temos ela, sabe?— E ela é tão linda! Você sabe que ainda quero essa
LeonardoFoi intenso. E maravilhoso.Estar com Luísa daquele jeito de novo… depois de tudo o que vivemos, depois da chegada do Luca, depois das noites em claro e da correria do dia a dia — foi como reencontrá-la por inteiro. Eu queria mais. Queria fazer amor com ela em cada canto da casa, em cada oportunidade, em cada silêncio roubado entre mamadas e cochilos infantis.Mas eu também sabia que tinha sido um recomeço. Que o corpo dela ainda estava se adaptando, ainda sensível. E que, mesmo com toda a vontade que existia em mim, o respeito por ela vinha em primeiro lugar.Ficamos deitados, nossos corpos ainda quentes, nossas respirações se acalmando.— Não usamos camisinha... e você também não está tomando nada — comentei, com o olhar fixo no teto, mas o pensamento no que havíamos acabado de viver.Ela virou o rosto para mim, ainda com um leve sorriso.— Acho que não vou engravidar agora. Acabei de ter um filho, meu corpo nem teve tempo de entender isso ainda — respondeu. — E… acho que d
Último capítulo