Era manhã no solar Morelli.
O céu tingia-se de azul-pólvora, e o ar cheirava a algo novo.
Algo incerto.
Lucia estava no terraço, de tênis e calça preta, observando Adriana aquecer.
Desde o confronto com Chiara, ela se recusava a ficar parada.
Precisava de controle.
Precisava de força.
— Vamos começar com o básico — disse Adriana.
— Defesa. Ataque. Observação.
Lucia assentiu.
As mãos ainda tremiam, mas os olhos…
estavam diferentes.
Mais firmes.
Mais perigosos.
Adriana arremessou um soco — de leve.
Lucia esquivou-se, mas riu nervosa.
— Isso é treinamento ou castigo?
— É sobrevivência, garota.
Ninguém sobrevive sendo flor no meio da guerra.
Você quer ser só alguém protegida?
Ou alguém que protege?
Lucia parou de sorrir.
— Eu quero nunca mais ser vítima.
Adriana sorriu.
E dessa vez, o soco veio real.
Lucia bloqueou.
Desajeitada, mas firme.
— Boa.
De novo.
—
Enquanto isso, Serena estava sentada na antiga sala de Giulia, cercada de papéis e mapas.
Lorenzo ao lado.
Dante em silêncio, no cant