Dois dias haviam se passado desde o encontro no teatro de Siracusa.
Lucia fora levada para um abrigo seguro, com identidade protegida.
Adriana assumira a guarda temporária, como “responsável legal”.
Longe de Chiara.
Longe do nome Ravello.
Longe do mundo onde mães sangram filhas sem hesitar.
Serena observava tudo da varanda do segundo andar da mansão.
Lá embaixo, os homens do Círculo se revezavam em patrulha.
Dentro, a sala do trono estava vazia.
Mas o eco do que acontecera… ainda preenchia o ar.
Dante se aproximou.
Silencioso, como sempre que percebia que ela precisava de espaço — mas não de solidão.
— Ela está bem — disse ele.
— Lucia?
— Sim.
Perguntou se pode pintar as paredes do quarto novo.
Serena sorriu, fraco.
— Ela parece forte.
— Ela é.
E sabe por quê?
— Por quê?
Dante segurou a mão dela.
— Porque nunca soube que o mundo era cruel até agora.
E ainda assim… escolheu viver nele.
—
Mais tarde, na antiga sala de reuniões, Serena convocou os principais nomes aliados.
Todos estavam