A carta aberta de Serena correu as mesas das famílias mafiosas com a velocidade de um tiro certeiro.
Alguns rasgaram o papel, indignados.
Outros… ficaram em silêncio.
E silêncio, naquele mundo, significava atenção.
—
Na sede da família Bellini, Don Matteo esmurrava a mesa.
— Ela está se tornando perigosa.
— Ela sempre foi — respondeu Giulia, sentada à janela.
— Agora ela tem seguidores.
— Então chegou a hora de puxar o palco dos pés dela.
— Como?
— Com um convite.
—
E naquela mesma tarde, Serena recebeu um envelope preto.
Na contracapa, o símbolo da rosa negra.
O convite vinha com palavras doces como veneno:
"Reunião de reconciliação.
Para o bem das famílias.
Para o fim da guerra.
Para o descanso dos mortos.
Esperamos você em Ravello, na Villa Rossa.
Vestido escuro.
Sem armas.
Sem medo."
Assinado por: Giulia di Ravello.
—
Dante rasgou o bilhete ao meio assim que o leu.
— Isso é uma armadilha.
— É claro que é.
— Então você vai recusar.
— Não.
— Serena…
— Eu disse que não corro.
E ela m