Quarenta e oito horas após o acordo na Villa Rossa, Serena convocou uma reunião com representantes de quatro famílias menores.
Local neutro.
Hotel discreto no centro de Roma.
Nenhuma câmera.
Apenas homens e mulheres assustados, divididos entre dois nomes:
Giulia di Ravello e Serena Morelli.
—
— Estou aqui por uma razão simples — começou Serena, firme.
— Se vocês não escolherem agora, vão ser engolidos quando a próxima guerra explodir. E ela vai explodir.
— E por que confiar em você? — perguntou um dos presentes, um homem grisalho, Don Ernesto, da família Totti.
— Você expôs a máfia à mídia.
Isso nunca foi feito.
— Porque ninguém teve coragem.
E porque a máfia, desse jeito, não sobrevive mais dez anos.
Ou vocês se adaptam… ou viram pó junto com os ossos de quem já morreu lutando por nada.
—
As palavras de Serena não vieram com gritos.
Vieram com a firmeza de quem já enterrou a própria inocência.
— Se eu cair, Giulia assume com fome.
Ela não quer paz.
Ela quer controle total.
Inclusive