A noite em Roma estava mais escura do que o normal.
Como se os céus também tivessem entendido: algo estava prestes a quebrar.
Serena entrou no carro sem dizer uma palavra.
Adriana já estava no banco da frente, laptop no colo, fones no ouvido.
— Estou cruzando imagens de câmeras próximas à mansão. Dois carros saíram sem autorização entre 22h e 22h13. Um deles… placa fria. O outro… era da Villa Rossa.
Serena fechou os olhos.
— Foi ela. Pessoalmente.
— Ou mandou alguém com o cheiro dela.
Mas Serena, ouve: ela tá jogando sujo.
Ela quer que você reaja com ódio.
Quer te desestabilizar.
— E vai conseguir — Serena respondeu.
— Mas não do jeito que ela espera.
—
No esconderijo, Dante tentava manter a lucidez.
Seu ombro doía. A respiração era pesada.
Mas seu coração? Ainda batia firme.
Porque sabia que ela viria.
Serena.
Sempre vinha.
Mesmo quando o mundo inteiro dizia que ela não devia.
—
Na mansão Morelli, Adriana organizava o que restou.
— Duas baixas. Pietro e Gianni.
Encontraram os corpos