Dois dias depois da prisão de Giulia di Ravello, Roma amanheceu silenciosa.
Silenciosa demais.
A cidade inteira parecia estar em suspense, como se esperasse que a mulher por trás de décadas de poder ilícito escapasse da cadeia como um truque de mágica.
Mas ela não escapou.
Estava presa.
Oficialmente.
Com provas, confissões, testemunhas e uma cobertura internacional que impedia qualquer suborno.
E ainda assim…
Serena não conseguia dormir.
—
Na sala da mansão Morelli, Adriana lia relatórios.
— Todos os acessos da Villa Rossa estão sendo vigiados.
As contas congeladas.
A imprensa em cima.
E, até agora, nenhum movimento do núcleo oculto da família di Ravello.
Serena, sentada na poltrona, bebia café preto como se fosse remédio.
— “Até agora” é sempre a parte que me preocupa.
— Você não confia na vitória?
— Eu confio.
Mas confio mais na vingança adormecida do que no silêncio absoluto.
Giulia pode estar presa, mas deixou seguidores.
Adriana suspirou.
— E quanto ao Conselho?
— Don Fausto me a