A notícia correu como veneno em taça de cristal:
“Giulia di Ravello foi vista esta manhã desembarcando em Roma.
Seguranças armados. Zero declarações. Rosto limpo, como se não estivesse sendo acusada de uma década de crimes financeiros.”
Serena leu a manchete na sala da mansão.
Dante, ainda em recuperação, olhava por cima do jornal.
— Ela não vem pra se explicar.
— Não.
Ela vem pra me enterrar.
—
Adriana entrou logo em seguida, celular na mão.
— Temos mais uma.
— O quê?
— Alguém vazou uma localização nossa.
Recebi confirmação de que Giulia vai participar de um jantar hoje à noite, promovido por Don Fausto.
— Um jantar?
— “Pacificação”, segundo o convite.
Mas não passa de um circo armado pra te colocar contra a parede.
Serena se levantou.
— Então eu vou.
Dante se endireitou na cadeira, mesmo com dor.
— Você não vai.
É exatamente o que ela quer.
— E o que você quer que eu faça? Me esconda enquanto ela ocupa cada espaço?
— Quero que sobreviva.
Serena parou por um segundo, depois sorriu —