A luz da manhã filtrou-se suavemente pelas persianas, pintando listras douradas sobre a cama e sobre a pele de Leo. Acordei com uma sensação que era tão rara quanto preciosa: paz. Uma paz pesada e satisfeita, entorpecida pelo calor do seu corpo ao meu lado e pelo eco silencioso do que havíamos compartilhado na noite anterior. Eu te amo. As palavras ainda ecoavam em mim, quentes e aterrorizantes, havia me confessado me fazendo refém de um sentimento que eu não conhecia completamente.
Ele já estava acordado, reclinado na cota do travesseiro, a cabeça apoiada na mão. Seus olhos… Um carmesim profundo e quente, como duas maçãs maduras e suculentas sob o sol da manhã, me observavam como se eu fosse a única coisa que importava em qualquer universo. Meu coração deu uma volta desajeitada no peito, apertando-se de uma forma dolorosa e maravilhosa. Eu me apaixonei por ele de novo, naquele instante, de uma maneira tão intensa que quase doía. Ele deve