O grande salão de jantar da Casa do Lago, outrora um espaço fantasmagórico e empoeirado, pulsava com uma vida que eu nunca imaginara possível. A longa mesa de madeira maciça, que havíamos esfregado até recuperar seu brilho, estava repleta de restos de uma festa. Travessas com migalhas de pão, ossos de frango lambidos e cálices de vinho meio vazias.
Era estranho. Era maravilhoso. Era aterrorizante.Sentado entre Silas e Nael, eu me concentrava em minha sobremesa, uma torta de maçã doce e apimentada que Meris trouxe. Do outro lado da sala, Danika e Meris riam baixo, provavelmente colocando o papo em dia, seus cálices de vinho tilintando. Mais adiante, Astéria, com seu rosto que era um eco perturbadoramente jovem da Elysa que eu conhecia, corria com Felix e Juniper, brincando de pique-esconde entre as colunas do salão. O som de suas risadas era um contraste dissonante com a razão pela qual estávamos todos ali.E no centro de tudo, na grande cadeira de carvalh