Capítulo 38: o monstro que eu amo.

Meus pulmões queimavam, cada arranque de ar era uma facada no peito. O som dos meus passos era um tambor frenético ecoando na câmara circular, mas era abafado por outro som – o suave arrastar de seda pesada e o click metálico e casual do metal do machado contra o chão de pedra. Ela não corria. Ela flutuava, uma aparição negra e inexorável, cortando o caminho através dos cânions de arquivos, sempre à minha frente, sempre mais perto.

A realidade daquela visão – Elysa, o vestido, a máscara, o machado – era um choque tão profundo que quase me paralisou. Quase. O instinto de sobrevivência, mais forte que o amor, mais forte que a razão, mantinha minhas pernas se movendo. Eu me joguei para a esquerda, dobrando uma esquina formada por uma pilha de caixas podres, esperando me esconder.

E lá estava ela.

Não do outro lado do labirinto. Não à minha frente. Ela estava simplesmente lá, parada, como se sempre tivesse estado naquele exato ponto, bloquean
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