E lá estava ela.
Elysa. Seu rosto, tão amado, era uma máscara pálida de angústia sob a luz vermelha e pulsante. Seus lábios, outrora tão firmes em sua determinação feroz, tremiam de forma incontrolável. E seus olhos… Oh, seus olhos. Não eram mais os olhos violeta acolhedores que eu conhecia. Eram duas poças de cor ameixa, de um tom sobrenatural que parecia sugar toda a luz ao redor, profundos como abismos e transbordando de uma dor tão absoluta, tão devastadora, que me fez fraquejar. Duas linhas prateadas de lágrimas cortavam a poeira e a frieza de seu rosto, escorrendo em um rio silencioso de desespero. Ela não era a caçadora. Naquele momento, diante de mim, ela era a própria caça, encurralada pela própria natureza. Era o monstro magnificente e a vítima trêmula, uma entidade única dilacerada por dentro. A fera que Dante e o sangue Lupin haviam forjado com martelos de crueldade, e a mulher que lutava com unhas e dentes para não se perder completamente n