As palavras reverberaram nas paredes, multiplicadas pelo eco, como se não fosse apenas um homem que falava, mas um coro de predadores invisíveis.
Meu corpo reagiu antes que a mente pudesse decidir: joguei a lanterna contra o rosto dele. O clarão rodou no ar, e por um instante o feixe cortou a escuridão em linhas cegantes. Silas desviou com agilidade, mas a luz o confundiu por uma fração de segundo. Corri para o lado, tropeçando em pedras soltas, e ouvi o zunido seco da lâmina rasgando o ar atrás de mim. O choque metálico contra a parede fez faíscas saltarem como vaga-lumes presos.— Você é mais rápido do que parece, Ryan… ou devo dizer Leo? — zombou, girando o facão como se fosse parte do próprio braço.Meu coração deu um salto contra as costelas. Aquele nome soava mais como uma ameaça agora. Não respondi. Estava ocupado demais procurando algo no ambiente: uma saída, uma arma, qualquer vantagem. O subterrâneo era um labirinto de pedra e sombra, com pratele