Otávio
Uma semana Depois.
O silêncio da sala de reuniões quase me arrancou um sorriso.
Acho engraçado como todos parecem esquecer quem realmente manda aqui quando as coisas saem do roteiro que eles mesmos criaram na cabeça. Ficam tensos, trocando olhares, murmurando teorias... esperando o pior. E o pior, pra eles, era justamente o que estava prestes a acontecer: eu entrando por aquela porta e com ela.
Olívia caminhava ao meu lado. Firme. Linda. A cabeça erguida como quem sabia que estava prestes a ser julgada, mas que não dava a mínima. E eu? Eu fiz questão de entrelaçar meus dedos nos dela. Uma forma silenciosa de dizer a todos ali: acabou a brincadeira.
Empurrei a porta devagar, deixando que o barulho ecoasse pela sala. Todos viraram na nossa direção. E o que vi estampado na cara deles? Surpresa. Medo. Raiva.
Mas ninguém ousou dizer nada. Ainda.
— Podemos começar? — perguntei, direto, com os olhos cravados em Ernesto.
O velho parecia um barril prestes a explodir. Me e