Continuação.
Ele estava ali, diante de mim, despedaçado.
Cansado.
Sem fé.
E ainda assim... era o homem que eu amava.
Me aproximei mais tão perto que quase podia sentir a dor dele pulsando no ar.
— Você precisa se reerguer, Otávio — falei, com a voz embargada. — Não só pela empresa. Nem só por mim. Mas por nós.
Ele me olhou, devagar, como se não tivesse entendido.
— Por nós...? — ele repetiu, com o rosto franzido.
Segurei firme as mãos dele, mesmo com o coração disparado.
— Por nós... quatro.
Silêncio.
Os olhos dele piscaram devagar, tentando assimilar. A respiração prendeu no peito. A garrafa escorregou da mão, caindo sobre a madeira.
— Quatro...? — ele sussurrou, engolindo seco. — Como assim... quatro?
Respirei fundo, deixando as lágrimas rolarem.
— Eu descobri que estou grávida, Otávio. E... são gêmeos.
Ele ficou paralisado.
— Descobri no mesmo dia... em que a Alice apareceu na casa da minha avó com os papéis do divórcio. Ela disse que vocês iam ficar juntos. Que es