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continuação

Depois que Marcos saiu, eu fui direto pro meu quarto e me tranquei. As mãos tremiam. O celular pesava como chumbo nas minhas mãos. Eu abri as ligações. Vi as chamadas dele ali, registradas. Vi o horário. Ele tentou me ligar. Duas vezes.

E eu não atendi.

Respirei fundo e disquei. O coração quase saindo pela boca. Uma, duas, três tentativas… e nada.

Chamada encerrada.

Tentei de novo. Mandei mensagem. “Otávio, por favor, me responde. Onde você está?”

Nada.

Desci correndo as escadas e encontrei Marcos do lado de fora. Ele já estava no carro.

— Ele não atende — falei, quase sem ar. — Eu vou atrás dele.

Marcos me olhou, surpreso. — Aonde você vai?

— Onde for necessário.

Ele não hesitou. Abriu a porta do passageiro e eu entrei.

A primeira parada foi a mansão.

Entrei com a chave reserva, chamando por ele em cada cômodo. A sala estava do mesmo jeito. O quarto, bagunçado, mas sem sinal dele. O banheiro seco. A cozinha intacta.

— Ele não está aqui — sussurrei.

Marcos
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