Otávio Narrando.
Eu juro por Deus… eu tentei me controlar. Tentei engolir essa raiva, essa angústia entalada na garganta desde o momento em que vi a Olívia me virar as costas com os olhos molhados e a alma em ruínas.
Mas quando ela me disse que a Alice foi até a chácara… que levou papéis… que inventou que eu tinha escolhido ficar com ela…
A última linha da minha paciência simplesmente se apagou.
Eu saí da mansão feito um louco. Dirigindo como se o carro fosse uma extensão da minha raiva. Cada curva era um grito preso, cada sinal ultrapassado era a dor me atravessando de novo.
Quando parei em frente à casa da Alice, eu não hesitei.
Não bati, não chamei, não pensei. Só esmurrei a porta até ela abrir.
E quando abriu…
Eu vi aquele maldito sorrisinho no canto da boca dela. Como se ela estivesse satisfeita. Como se tivesse vencido. E aí, irmão… aí eu perdi a linha de vez.
Agarrei ela pelo pescoço e empurrei com força contra a parede.
— QUE DIREITO VOCÊ ACHA QUE TEM, ALICE?!
Vi o