Rosely, a cada dia, sentia-se mais consumida pela curiosidade, mas o caçador insistia em se manter misterioso. Então, acabou deixando as coisas como estavam. E no fim, foram juntos para o norte, sendo assolados pelo vento gélido assim que trocaram do trem para uma charrete que os levaria para a pequena vila indicada por Carolle.
– Nossa! Estamos em pleno inverno? – Rosely indagou, abraçando o próprio corpo, quase batendo o queixo.
– Não foi falta de aviso – Eslen resmungou, satisfeito em estar certo.
Ela ouviu isso, mas estava muito mais interessada nos olhares que recebiam das pessoas que os rodeavam à distância, cochichando. Era óbvio que não estavam gostando da chegada de forasteiros.
– Mais pessoas que não gostam de forasteiros? – Rosely perguntou num sussurro, olhando ao redor. – Ou será que algo está acontecendo?
– Algo sempre está acontecendo – resmungou o caçador, acendendo um cigarro.
Ela o encarou por alguns segundos, mas foi obrigada a concordar, afinal, não havia vida mai