– Quem diria, dona Rosely agora é a rainha – Eleonore comentou com um sorriso grande depois de ler a carta enviada pela patroa. – Deve ser legal viver em um conto de fadas.
– Não seja tão ingênua – o marido resmungou, mesmo que, até então, estivesse apenas ouvindo o que ela dizia. – As coisas devem estar um inferno depois de um golpe de estado, mesmo que tecnicamente o trono fosse dele por direito.
O sorriso sumiu do rosto dela.
– Queria acreditar que finalmente ela estava tendo bons momentos. – murmurou, agora olhando para as próprias mãos apoiadas no colo.
Millan abriu a boca, sem ter certeza do que deveria dizer, mas a conversa foi interrompida quando o pequeno Thomas surgiu na cozinha, carregando com dificuldade uma cesta de amoras. Ao seu lado, Charlotte o acompanhava, como sempre, com Sebastian em seu encalço.
– Está com fome? – Millan perguntou com um grande sorriso enquanto pegava o filho nos braços. – Vamos lavar as mãos.
Eleonore o viu se afastando, acompanhado por Sebasti