Capítulo 116
Mason Hart
A casa estava em silêncio. Silêncio demais.
Escalei o muro dos fundos com cautela. Minhas mãos já conheciam aquelas frestas, como quem volta ao próprio inferno com mapas desenhados na pele. A entrada lateral dava direto para o quintal interno. Era ali que os empregados costumavam fumar escondido.
Agora, não havia nada. Nenhum som. Nem cheiro de cigarro, passos ou vozes.
Avancei com a arma em punho, corpo rente à parede, os sentidos esticados até o limite. Quando pisei na calçada interna, o baque foi imediato.
— Merda...
Outro dos meus homens estava caído ali. Olhos abertos. Sangue seco no canto da boca. Encostei dois dedos no pescoço.
Frio, mas não gelado. Não fazia muito tempo. Talvez uma hora. Talvez menos.
— Estão apagando um por um... — murmurei.
Apertei o maxilar e segui em frente. A porta lateral da cozinha estava entreaberta. Um convite. Talvez fosse uma armadilha.
Entrei agachado, checando cada canto, o gatilho sensível