Capítulo 115
Violet Jones
Não era assim que a noite deveria acabar. Eu ainda sentia o gosto doce da bala que mastigava quando tudo virou um pesadelo.
O som dos pneus, a adrenalina no sangue, o corpo jogado contra o cinto de segurança — tudo misturado numa confusão de medo e incredulidade. O segurança morto, o elevador, os carros atrás de nós. Eu não estava preparada psicologicamente pra nada disso.
O carro corria por ruas que eu nunca vi antes. Já fazia tempo que havíamos saído da cidade — pelo menos da parte que eu reconhecia. A cada curva, o sinal do celular ia caindo, até sumir de vez. As luzes urbanas ficaram para trás, e o breu foi tomando conta.
— Onde a gente está indo? — minha voz saiu trêmula, mais fina do que eu esperava.
Mason não respondeu de imediato. Manteve os olhos fixos na estrada, o maxilar tão rígido que parecia esculpido em pedra. Quando falou, foi curto e seco:
— Não é bom você saber.
Engoli em seco.
Fiquei em silêncio. O interior do