Capítulo 243
Albert Jones
No corredor, as luzes em meia-vida recortavam Ruth como um pecado permitido. O vestido colado ao corpo, a respiração curta, o olhar que primeiro desafiava… e depois cedia. Parei diante do meu quarto e encostei a mão na maçaneta, mas não abri.
— Olha pra mim — pedi, rouco.
Ela levantou o rosto. Aquele queixo teimoso, pronto para me enfrentar, agora doía nos meus dedos de vontade de segurar. Aproximei a boca do ouvido dela.
— Estou louco para te ver sem roupa. — Foi mais baixo do que pensei, quase um rosnado contido. — Quero cada centímetro. Quero matar a curiosidade que você plantou em mim desde a primeira vez que entrou por aquela porta como se esse lugar já fosse seu.
Ruth soltou um meio riso — audácia e nervo em partes iguais.
— Você fala como se pudesse fazer tudo que quer, Don Jones.
— Eu posso. — encostei a testa na dela. — Mas só faço se você quiser também.
Ela demorou um segundo. Talvez menos. O sim veio primeiro nos o