O céu já se tingia de azul profundo, as primeiras estrelas surgindo timidamente no alto, quando Bruna e Jae-Hyun continuaram a caminhar pela orla, lado a lado, com os pés descalços sentindo o frio úmido da areia. O mar lambia a costa num vaivém suave, como se respirasse junto com eles.
Bruna ainda segurava a mão dele, o polegar desenhando círculos distraídos sobre a pele quente. A proximidade dos corpos criava uma eletricidade sutil, mas não era só desejo o que pairava entre eles — havia algo mais denso, mais íntimo, como o início de uma travessia silenciosa.
De súbito, Jae-Hyun parou.
— Vem — disse, indicando um banco de madeira gasto, abrigado sob a sombra discreta de um coqueiro.
Sentaram-se lado a lado, as pernas levemente entrelaçadas, como se o acaso decidisse assim. Por alguns instantes, apenas escutaram o som das folhas sendo sacudidas pela brisa e o canto abafado de um grilo perdido na vegetação próxima.
Então, Jae-Hyun solt