O aroma adocicado das flores silvestres misturava-se ao sal do mar, enquanto o sol espalhava seus feixes dourados sobre a vila, pintando as fachadas caiadas com reflexos quentes e vibrantes. Gabi e Luca caminhavam de mãos dadas pela rua de pedras irregulares, seus passos em compasso tranquilo, como quem finalmente se harmoniza com o ritmo secreto do lugar.
Desde que haviam começado os workshops de tantra, os dois pareciam mais conectados do que nunca — não apenas um com o outro, mas com a própria vila, com as pessoas, com o sopro invisível da natureza que, ali, era presença constante, quase uma entidade viva.
O pequeno estúdio onde antes realizavam sessões privadas, improvisado entre as paredes de uma pousada, já não comportava mais o que haviam criado. A procura pelos encontros aumentara, assim como a curiosidade dos moradores e turistas que, atraídos por uma energia que não sabiam nomear, se aproximavam querendo participar, experimentar, sentir.
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