Bruna saiu do restaurante com o coração aquecido, os lábios ainda marcados pelo beijo terno de Jae-Hyun e a mente vibrando com a ideia que, agora, não era mais apenas um pensamento fugaz, mas um desejo real: voltar a ensinar, criar um curso inspirado na sensualidade que havia redescoberto ali, naquele pedaço remoto de mundo e, sobretudo, dentro de si.
Caminhou devagar pela faixa de areia fina, deixando que a brisa morna da noite se enroscasse nas dobras da saia longa, enquanto o céu escurecia, salpicado das primeiras estrelas. Mas, ao invés de seguir direto para casa, desviou para o deque de madeira que contornava a lateral do restaurante, onde uma das redes ficava armada.
Sentou-se ali, descalçando as sandálias, deixando que os pés flutuassem a poucos centímetros do chão. O tecido da rede abraçou-lhe o corpo com suavidade, balançando ao ritmo das ondas que quebravam, preguiçosas, logo adiante.
Dali, atr