MARIA AMARAL
Faz algumas semanas que fugimos do morro. Eu não quis voltar lá. Me encontro com meu irmão sempre que a saudade bate. Ele me fala sobre o que Jafar apronta e como estão as coisas em sua vida agora que o morro virou um cenário de guerra.
Nesse momento estamos em um quiosque na praia de Ipanema.
— Mana, você está mesmo com o Seven? O supremo deles. — A pergunta finalmente vem. Ele conhece os meus planos, até demorou a questionar.
— Irmão, eu... — ele levanta a mão bronzeada do seu copo de cerveja, me interrompendo.
— Você quer mentir. Sabe que sinto você como se fossemos um só. Então nem tente.
— Estou buscando aquilo que prometi a mim mesma.
— Se apaixonou por ele?
— Como vou saber se nem sei o que significa apaixonar?
— É bom que não se apaixone — diz sério.
— Por que diz isso? Sempre te ouvi dizer que queria que eu amasse, casasse e tivesse família. Que esquecesse aqueles anos malditos.
— Acontece que eles foram buscar o lunático que a Branca guardou na casa dela. E ness