MARIA AMARAL
Quando chego em casa meu irmão não está. Mando mensagem perguntando se ele vem hoje e ele responde que sim. Aproveito a espera e faço seu jantar, apenas carne simples e salada, pois já passa das nove da noite. Além de que não sou uma excelente cozinheira.
— Olha só você toda dona de casa hoje. — Ouço sua voz. Estava tão distraída cortando a salada e pensando em Amaymon que nem notei sua chegada.
— Maninho! — largo tudo e pulo em seus braços em um abraço apertado como se há tempos não o visse.
Ele beija meu rosto e seu olhar cai sobre a marca em meu pescoço.
— Isso foi consensual? — é a única coisa que pergunta. Assinto, um pouco envergonhada pelo assunto, apesar de não termos segredos. — É errado ainda assim eu querer matar o canalha que ousou tocar minha maninha?
Rio do seu tom bravo e me afasto o encarando. Meu irmão pentelho agora é um homem cheio de segredos e responsabilidades.
— É mais que certo. Por isso te amo. Está com fome? — mudo de assunto. Ele não sabe lidar