O sol ainda não havia rompido por completo o véu da manhã, mas a clareira diante do altar já vibrava com uma energia nova. O ar parecia mais denso, carregado de algo antigo e profundo — como se o tempo estivesse prendendo a respiração.
Alex se afastou devagar da pedra central, onde a adaga agora repousava, íntegra. Não havia mais rachaduras. Nenhuma sombra. O metal parecia brilhar de dentro pra fora, como se a própria luz tivesse escolhido morar nela.
Zoe se aproximou dele em silêncio, sua presença sempre perceptível antes mesmo de qualquer toque.
— Você sentiu? — ela perguntou, os olhos fixos na adaga.
— Senti. — Ele passou os dedos pelos próprios braços. — Como se tudo estivesse… esperando.
— Eles vão vir. — Gabi murmurou atrás deles, a voz carregada de uma certeza que ninguém ousou duvidar.
E então, vieram.
Não houve trovões. Nem tremores. Mas uma rajada de vento cortou a clareira, rodopiando entre eles, fazendo folhas se erguerem do chão e dançarem em espirais altas. O ar ficou do