A alvorada chegou silenciosa, mas a aldeia já estava desperta. Os anciões haviam convocado uma assembleia diante da grande árvore. Todos sabiam que a reunião selaria o futuro da matilha.
Aurora chegou de túnica cinza, os cabelos presos em uma trança alta. Kai segurava sua mão. Quando ela se posicionou diante do círculo de pedras onde os anciões se sentavam, o silêncio caiu. Era como se o vento parasse para ouvir.
Othar foi o primeiro a se levantar.
— A aldeia clama por liderança. Clama por direção. E todos os olhos estão voltados a você, Aurora.
Ela olhou ao redor. Viu mães com olhos vermelhos de preocupação. Jovens com os punhos fechados. Crianças apertadas nos braços de guerreiros. E entre todos, Damon. Mais atrás. Sozinho. O silêncio dele era tão gritante quanto o burburinho ao redor.
Aurora respirou fundo.
— Não vou aceitar o título de Luna.
O murmúrio foi imediato. Othar ergueu a mão pedindo silêncio, mas