Espelhos Quebrados, Almas Despidas
O impacto do corpo dela — o meu corpo, aquele reflexo distorcido da minha essência — me jogou contra o chão da câmara. O cheiro de terra antiga e sangue adormecido invadiu meus pulmões, enquanto eu lutava para manter o controle de minha respiração e da minha loba.
Lunara rugia em fúria dentro de mim. Ela queria sangue. Queria lutar. Mas também hesitava. Porque aquela criatura que me atacava… era parte de nós.
A outra Alice se ergueu como uma tempestade. Os olhos vermelhos brilhavam, as garras estendidas. Seu vestido era feito de sombras e mágoas, costurado com os fios de cada memória que eu quis esquecer.
— Não há como fugir de mim — ela sussurrou, com um sorriso torto. — Eu sou o que você deixou trancado quando Marco te rejeitou. Quando você se calou diante do destino. Quando enterrou suas vontades para agradar, para ser aceita.
Ela avançou novamente, mas dessa vez eu não recuei.
Levantei-me com um rugido que rasgou minha garganta, e minhas mãos se