Naquela noite, sozinho, Eiran pensou no que havia feito.
Disse “sim” para impedir uma guerra.
Mas o que ecoava em sua mente não era o selo, nem os Bohr — era a ideia de uma criança.
Um descendente com o tempo e o espaço nas mãos.
O mundo inteiro se moveria para caçá-lo.
E eu... não deixaria.
O sorriso reapareceu — vazio, quase triste.
Se algo como um deus tentar nascer em forma humana... eu o protegerei. Nem que seja preciso parar o mundo pra isso.
O pensamento se dissolveu junto ao som distante da cidade.
Deitado ainda de paletó, olhava o teto.
O quarto do dormitório permanecia em silêncio, o ruído urbano abafado pelas cortinas pesadas.
Não se dispôs a dar aulas naquele dia; apenas vagou pela cidade, pensativo, até o cair da noite.
A mente voltava, uma e outra vez, à conversa com os representantes Bohr — rostos frios, palavras medidas.
Tudo cheirava a ameaça.
Então o tempo… parou.
Literalmente.
O abajur manteve a luz suspensa no ar; partículas de poeira flutuavam imóveis.
E então, em