Capítulo 31 — A Coelha Branca

Naquela noite, sozinho, Eiran pensou no que havia feito.

Disse “sim” para impedir uma guerra.

Mas o que ecoava em sua mente não era o selo, nem os Bohr — era a ideia de uma criança.

Um descendente com o tempo e o espaço nas mãos.

O mundo inteiro se moveria para caçá-lo.

E eu... não deixaria.

O sorriso reapareceu — vazio, quase triste.

Se algo como um deus tentar nascer em forma humana... eu o protegerei. Nem que seja preciso parar o mundo pra isso.

O pensamento se dissolveu junto ao som distante da cidade.

Deitado ainda de paletó, olhava o teto.

O quarto do dormitório permanecia em silêncio, o ruído urbano abafado pelas cortinas pesadas.

Não se dispôs a dar aulas naquele dia; apenas vagou pela cidade, pensativo, até o cair da noite.

A mente voltava, uma e outra vez, à conversa com os representantes Bohr — rostos frios, palavras medidas.

Tudo cheirava a ameaça.

Então o tempo… parou.

Literalmente.

O abajur manteve a luz suspensa no ar; partículas de poeira flutuavam imóveis.

E então, em
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