O distrito da Liberdade, em São Paulo, despertava com o amanhecer, embalado pelo murmúrio constante de passos e idiomas misturados.
Mas sob o chão — em uma rede antiga de túneis esquecidos pela prefeitura e apagados dos registros do Conclave —, um grupo de magos trabalhava em silêncio.
Nenhum selo familiar, nenhuma insígnia.
Apenas um discreto emblema gravado no metal dos braceletes: um anel dividido em doze marcas equidistantes, cruzado por um ponteiro fixo — o símbolo da Organização Bohr, a casa que dominava o estudo do tempo e das linhas de causalidade.
“Ponto zero confirmado. A anomalia ressonante persiste entre o 12º e o 14º subnível. O fluxo etéreo está… instável.”
— relatou o mago de campo Elias Varga, ajustando o sensor de Éter enquanto as leituras formavam curvas oscilantes em dourado e branco no visor.
Essas leituras não pertenciam a um fluxo comum de Éter.
Eram pulsos cronais — fragmentos de tempo residual, como se o próprio passado tentasse se repetir em silêncio.
“Mantenh