O Salão do Conclave Etéreo, em Liberdade, raramente era usado.
Apenas quando os anciões julgavam que algo ameaçava a ordem — ou a própria autoridade.
Naquela noite, o espaço subterrâneo estava envolto em penumbra.
As lamparinas de luz etérea ardiam sem chama, lançando reflexos sobre as paredes de basalto negro gravadas com runas de contenção e talismãs de purificação.
O ar era denso, impregnado de incenso e energia reprimida.
No centro, uma mesa circular de imbuia escurecida exibia o símbolo do Éter — três círculos entrelaçados em espiral, delineados em cobre antigo.
Cinco anciões aguardavam em silêncio, sentados em cadeiras altas, os mantos roxos caindo pesados sobre o chão de pedra.
Cada um exalava um brilho tênue — éter púrpura, a tonalidade característica do Conclave. Um poder disciplinado demais para ser livre; forte o bastante para esconder o medo de perdê-lo.
Era uma energia viva, pulsante, contida apenas pelas runas que cobriam o salão como um labirinto.
Do lado de fora, o som