Dominic Lexington
Sentado atrás da pesada mesa de mogno, o ar condicionado resfriava a sala, mas nada podia aliviar o peso que carregava. À minha frente, dezenas de telas piscavam com dados, imagens e registros que eu tentava decifrar. Sunshine estava desaparecida, mas eu sabia que não estava morta. A verdade era um quebra-cabeça cruel que eu me recusava a montar por completo. Pelo menos não ainda.
As horas passaram enquanto eu cruzava informações, até que a porta rangeu, e a sombra do Grego entrou cambaleando. A ressaca denunciava o que ele não queria admitir, e o corpo dolorido dava sinais claros de noites mal dormidas e brigas que iam além do físico.
Ele largou a jaqueta no sofá com um suspiro pesado e se deixou cair na poltrona oposta, encarando o vazio como se estivesse procurando algo para se agarrar.
— Bom dia, irmão — soltei, a ironia na voz tão afiada quanto uma lâmina. — Se é bom, não sei, mas ao menos você está vivo.
Ele bufou, sem resposta.
Não esperava outra coisa.
Por um