Dominic Lexington Cavalieri
Eu tinha acabado de deixar o quarto de Baby quando ouvi um choro diferente. Não era da minha filha, eu já sabia reconhecer, mas o instinto me fez seguir o som pelo corredor mesmo assim. O berçário ficava a poucos metros dali.
O vidro estava entreaberto, e no reflexo vi a silhueta que não deveria estar ali.
Kattyúcia.
Porque eu não estava surpreso?
O mundo tem uma mania desgraçada de me testar sempre quando eu acho que já suportei o suficiente. A vadia conseguiu entrar, e no colo dela estava minha filha.
Abri a porta devagar, sem pressa, porque pressa era para quem tinha medo.
Ela virou o rosto e sorriu. — Que surpresa, Dominic. Parece que a gente se encontra sempre em momentos decisivos.
Meu olhar foi direto para o rosto da bebê. Vermelha, desconfortável, mas viva. Respirei fundo.
— Coloque-a no berço, Kattyúcia.
Ela riu baixo, embalando minha filha de um jeito desajeitado, como quem segurava uma boneca. — Não tão rápido. — Deu um passo para trás, o berço ao