Dominic Lexington Cavalieri

O ringue cheirava a suor, sangue e testosterona mal resolvida.

Um homem com metade do maxilar deslocado caiu aos meus pés, cuspindo algo que parecia metade de um dente e um resto de orgulho. Por cima das luzes estroboscópicas e gritos de aposta, ouvi a voz que procurava. Grave, rouca, e num tom que misturava riso e desprezo.

— É só isso que esse inferno tem para me oferecer?

Claro que ele estava ali. O idiota.

O imbecil queria morrer? Pois acabaria conseguindo em algum momento.

Avancei pelo meio da multidão como uma sentença sendo proferida. Empurrei um corpo, ombro no ombro, abri espaço como um bisturi rasga pele. Ninguém ousava me barrar. Afinal, era Dominic Lexington, e se eu estava ali, era porque alguém ia sair em coma.

O Grego estava no centro do ringue, peito nu, coberto de hematomas, sangue escorrendo da sobrancelha. Lutava como se estivesse procurando um carrasco, e xingava como se não encontrasse um à altura.

— Anda, filha da puta! — gritou, chut