Dominic Lexington Cavalieri
O sol da Toscana caía pesado sobre o jardim da casa. A mesa longa estava posta com vinho, frutas, queijos e pão, mas, na prática, parecia um acampamento improvisado. Crianças corriam por todos os lados, soldados tentavam bancar garçons e Cesare já gritava em italiano porque Carlo tinha decidido subir na cadeira dele.
— Per l’amor di Dio! — Cesare afastou o menino, mas Carlo riu, mostrando todos os dentes.
Não eram muitos.
— Não fui eu! Foi o cachorro! — respondeu, apontando para o pastor alemão.
Baby, com a bebê no colo, revirou os olhos. — Carlo, desça já dessa cadeira, antes que seu tio enfarte.
— Já enfartei só de olhar! — Cesare resmungou, enxugando a testa com um guardanapo. Sua esposa, Serena, tomou o copo da mão dele e encheu de água. — Uma família de selvagens…
— Cala a boca, Cesare — murmurei, servindo-me de vinho. — Você também correu pelado nesse jardim quando tinha a idade dele.
Ele me lançou um olhar mortal, mas não respondeu, o que só arranco