Dominic Lexington Cavalieri
O carro seguia rápido pela avenida ainda fechada pela polícia. O som distante das sirenes me irritava, não pelo barulho, mas porque significava que a situação ainda estava fora do meu controle. Eu estava no meio de uma conversa com Dário sobre os envolvidos no atentado quando o telefone dele tocou. Ele atendeu, ouviu por poucos segundos e me olhou pelo retrovisor.
— É a Baby. Entrou em trabalho de parto.
O resto da conversa morreu ali.
— Mude a rota. Para o hospital, agora.
Dário nem respondeu. Virou o volante e acelerou.
Arranquei a merda de colete e armas, antes de entrar no hospital, sem me importar com o sangue exposto na minha roupa. Eu sabia que poderia causar problemas, mas, naquele momento, nada estava a cima dela!
Olhei para o lado. Baby estava no banco, uma mão firme na barriga, a outra apoiada na lateral da porta. A respiração era profunda, medida. Não estava em pânico.
— Não era para ser hoje — falei, mais para mim mesmo do que para ela.
Ela res