Dominic Lexington Cavalieri
Uma enfermeira chamou meu nome no corredor. Pela primeira vez naquela noite, senti o corpo ceder, como se a tensão tivesse segurado meus músculos até o limite. Segui os passos dela sem discutir, o coração batendo forte, mas não era medo, era urgência.
Empurrei a porta do quarto e o ar pareceu mudar. Baby estava deitada, pálida, cansada, mas com aquele olhar que sempre me fazia voltar para casa, não importava de onde eu viesse. E no colo dela, enrolada em um pano branco, estava minha filha.
O barulho do hospital, as vozes, as sirenes que ecoavam lá fora... tudo se dissolveu. Aproximei-me devagar, como se não quisesse quebrar a cena. Baby ergueu o olhar e sorriu fraco.
— Dom… ela é linda.
Engoli seco. Sentei na beira da cama e passei a mão pela testa dela, afastando os fios grudados de suor. Depois, deixei os olhos caírem para o rosto miúdo da bebê, a boca se mexendo como se buscasse alguma coisa.
— É perfeita. — Minha voz saiu baixa, rouca.
Baby segurou minh