(Porque se for pra cair… que seja de salto, com uma taça na mão e cuspindo bala.)
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Zurique. Penthouse. Sala de guerra. 23h17.
Mesa de vidro.
Paredes com painéis de LED mostrando mapas, câmeras, rotas de fuga e localização de alvos.
Uma tela inteira só com dossiês abertos.
Rostos. Contas. Dados.
No centro, ele.
Dante Moreau.
Camisa preta aberta até o terceiro botão.
Mangas dobradas.
Mão apoiada no queixo.
Queixo travado.
Olhar de quem não tá planejando uma missão.
Tá arquitetando o fim do mundo.
— Se querem guerra… — ele solta, baixo, voz cortando o ar como navalha — eles vão ter.
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Valentina tá de pé.
Encostada na janela.
Vestido curto, justo, preto.
Salto que parece uma sentença.
Cabelo solto, ondulado, bagunçado do jeito que só quem dominou o inferno sabe segurar.
Braços cruzados.
Queixo erguido.
Postura de quem não tá só pronta pra matar.
Tá pronta pra fazer história.
— Então vamo deixar uma coisa clara, Moreau… — ela solta, encarando ele. — Isso aqui não é mais sobre me proteger.