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📍Capítulo 6 – A Caminho do Quarto 313

22h ainda nĂŁo havia chegado.

Mas minha mente jĂĄ estava na porta.

Meu corpo?

Tenso. Silencioso.

Pronto.

SĂł que dessa vez, eu nĂŁo escolhi o papel.

Ele escolheu por mim.

Sem maquiagem. Sem salto. Sem mentiras.

E eu obedeci.

âž»

De pé diante do espelho, encarei a mulher que sobrou depois que a fantasia foi retirada.

Cabelos soltos, Ășmidos nas pontas.

Ondas naturais.

Sem escova.

Sem perfume pesado — só a memória sutil de um hidratante com cheiro de baunilha amarga.

A pele estava limpa.

Sardas visĂ­veis.

Olheiras suaves, reais.

Olhos que não precisavam de delineador pra ameaçar ou seduzir.

Vestia uma camisola preta de seda.

Longa.

Alça fina.

Fenda lateral que mostrava uma das coxas com descuido ensaiado.

Sem sutiĂŁ.

Sem calcinha.

Porque se era pra ser sem mentiras


entĂŁo que ele me recebesse nua por dentro.

Nos pés, sandålias rasteiras de couro.

Elegantes. Discretas.

Silenciosas o suficiente pra nĂŁo anunciar minha chegada.

Mas letais como promessa.

âž»

Às 21h58, saí do quarto.

Caminhei pelo corredor com o bilhete ainda preso entre os dedos.

Luz baixa.

SilĂȘncio absoluto.

Tapete que abafava os passos e aumentava o suspense.

Parecia que cada parede sabia pra onde eu ia.

Como se o hotel inteiro estivesse assistindo, curioso.

âž»

Cheguei Ă  porta 313.

Travei.

NĂŁo por medo.

Mas por desejo.

Desejo do tipo que antecede o desconhecido — e o perigoso.

Levantei a mĂŁo.

Bati duas vezes.

Seco. Direto.

Demorou dois segundos.

A maçaneta girou.

A porta abriu devagar.

E ele estava lĂĄ.

âž»

Dante Moreau.

Camisa preta de linho.

Aberta até o meio do peito.

Calça escura.

Pés descalços sobre o tapete cinza.

RelĂłgio de pulso discreto.

Nada mais.

Nada menos.

Ele nĂŁo sorriu.

NĂŁo falou.

Apenas olhou.

Dos meus olhos aos pés.

Depois dos pés à boca.

Depois
 direto na alma.

E eu, pela primeira vez, nĂŁo senti que estava sendo desejada.

Senti que estava sendo comprada.

âž»

— VocĂȘ veio. — ele disse, com aquela voz de cemitĂ©rio de pecado.

— VocĂȘ mandou. — respondi, seca.

Ele deu um passo pro lado. Abriu espaço.

Me deixou entrar.

âž»

O quarto dele era mais escuro que o meu.

Mais frio.

Mais limpo.

Mais perigoso.

Na mesa lateral, um envelope preto.

Mais grosso que o meu.

Ele apontou.

— Antes de tudo
 pagamento adiantado.

— VocĂȘ acha que eu cobro pra isso? — levantei o queixo.

Ele sorriu.

NĂŁo debochou. Seduziu.

— Não. Eu pago pra ter controle.

E isso
 não tem preço fixo.

âž»

Peguei o envelope.

Pesado.

Dentro, dinheiro em espécie. Euros. Muitas notas.

Mais do que qualquer homem jĂĄ tinha pago sĂł pra conversar comigo.

— Isso Ă© pra quĂȘ? — perguntei.

Ele se aproximou.

Chegou perto o bastante pra eu sentir o calor, mas nĂŁo o cheiro.

Dante nĂŁo deixava rastros.

Ele deixava vontade.

— Pra vocĂȘ entrar aqui
 e sair quando eu disser.

— E se eu não aceitar?

— VocĂȘ jĂĄ aceitou. Quando veio sem salto.

Sem maquiagem.

Sem mentira.

âž»

Me calei.

Porque ele estava certo.

E porque eu estava molhada.

Por dentro.

Por fora.

Na mente.

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