A ĂĄgua desce.
Morna.
Deslizando no corpo dos dois.
O box Ă© inteiro de vidro.
Piso de mĂĄrmore negro.
Teto com spots de luz dourada.
Perfume de sabonete francĂȘs.
Espuma escorrendo.
Corpos colados.
CoraçÔes batendo tão alto que parece que Dubai inteira escuta.
Dante tĂĄ atrĂĄs dela.
MĂŁos no quadril.
Peito colado nas costas dela.
Boca no pescoço.
Nariz no cabelo.
Ele puxa.
Aperta.
Morde o ombro.
Desce as mĂŁos pela cintura dela.
â Fica quieta, ruiva. â sussurra no ouvido, voz rouca, mais grave que pecado.
**â Deixa eu cuidar de vocĂȘ.
Ela segura no vidro.
Cabeça caĂda pra frente.
Olhar perdido no prĂłprio reflexo.
E percebeâŠ
Que nunca.
NUNCA na vida⊠foi cuidada assim.
Assim.
Na pele.
No toque.
No gesto.
No olhar.
Ele pega o sabonete.
Passa nas mĂŁos.
Faz espuma.
â Braços pra cima. â ordena.
Ela obedece.
E pela primeira vez⊠não porque ele tå mandando.
Mas porque ela QUER.
Mãos deslizam nos braços dela.
O sabĂŁo escorre.
Desce pelos seios.
Pelos mamilos duros.
Pela barriga.
Pela cintura.
Ele ape