CAPÍTULO 74-SUÍTE 707 — FOUR SEASONS PARIS. 19h58.
O corpo dela bate no colchão com a força precisa.
A cama afunda. Ela afunda junto.
O salto ainda preso nos pés.
A pele nua contra os lençóis brancos.
O cabelo espalhado como fogo no travesseiro.
E o olhar?
De quem não sabe se geme… ou se implora.
Dante não sorri.
Dante nunca sorri quando tá prestes a destruir.
Ele sobe na cama.
Passa um joelho entre as pernas dela.
Se posiciona. Se impõe. Se instala… como quem marca território.
— Abre. — voz rouca, grave, suja.
Ela obedece.
Coxa abre. Alma escancara. E a sanidade? Essa… já não tá mais na sala.
Ele passa as mãos pelas pernas dela.
Devagar.
Fundo.
Como quem lê Braile… tentando decifrar onde começa o desejo e onde termina o juízo.
Desce a boca no joelho.
Beija.
Morde.
Sobe pra coxa.
Morde mais forte.
Deixa marca.
Porque a pele dela agora tem dono.
— Isso é meu. — ele rosna contra a carne dela.
— Todo. Cada centímetro. Cada suspiro. Cada gemido. Cada gozada.
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E ela geme.
Baixo. Rasteiro. Animal.
Morde o lábio.
Se contorce.
Mas não foge.