94. Confissão noturna
O relógio digital na mesa de Rafael marcava 22h30 quando ele finalmente desligou o computador e se recostou na cadeira. As luzes do escritório estavam suavemente apagadas, e o ambiente parecia mais silencioso do que nunca. Era uma sexta-feira à noite, e a maioria das pessoas já havia deixado o prédio, mas ele continuava ali, imerso nos detalhes de mais um projeto estratégico. O trabalho nunca parecia parar, especialmente quando se tratava de manter o curso de sua liderança.
Rafael sabia que havia algo fora de lugar naquela noite. Não era apenas o cansaço acumulado dos últimos dias, mas algo mais profundo, que mexia com ele de uma forma que não conseguia nomear. Ele olhou pela janela, vendo a cidade iluminada, e suspirou, sentindo o peso de suas próprias emoções. Acontecera algo nos últimos meses que o fazia questionar suas próprias escolhas e, ao mesmo tempo, os seus sentimentos em relação a Isabela.
Ela estava brilhando de uma maneira que ele não conseguia ignorar. Desde o protótip