95. Promessa
O silêncio que se seguiu à última conversa foi confortável, como uma pausa entre duas notas musicais. Rafael e Isabela estavam ali, em pé, no mesmo espaço, mas com um entendimento mais profundo do que nunca. A tensão que antes pairava no ar agora parecia dissolvida, substituída por uma cumplicidade silenciosa. A conversa que eles haviam acabado de ter era mais do que um simples desabafo de Rafael, mais do que uma insegurança momentânea. Era a base de um vínculo que se tornava mais forte, mais claro a cada palavra trocada.
Rafael, ainda com a expressão pensativa, observava Isabela, que parecia tão calma, tão firme em sua visão. Ele sabia que ela tinha razão em grande parte do que dissera. Não havia necessidade de se preocupar tanto com o futuro, com as incertezas que o assombravam. Mas, como qualquer ser humano, ele precisava dessa reafirmação, daquele empurrão que a confiança mútua poderia proporcionar.
Isabela deu um passo à frente, quebrando o espaço entre os dois, e sua presença