O relatório de inclusão havia sido uma grande conquista para Isabela Duarte. Após semanas de trabalho, coleta de dados e apresentação ao conselho de RH, ela sentia que estava finalmente tendo o reconhecimento que merecia. Mas, como em qualquer grande passo dentro de uma organização tão complexa, a reação não seria unânime.

Nos primeiros dias após sua apresentação, a equipe de Recursos Humanos demonstrou satisfação com os resultados apresentados. A princípio, parecia que a mudança cultural que Isabela havia promovido começaria a ganhar mais força dentro da empresa. No entanto, o que ela não esperava era o turbilhão que se seguiria nos bastidores, como uma reação em cadeia que ela não poderia controlar.

Henrique Viana, o diretor de RH, foi um dos primeiros a demonstrar resistência. Para ele, os métodos de coleta de dados usados por Isabela não eram suficientemente sólidos. Ele achava que algumas das informações coletadas eram superficiais, e que os números mostrados não representavam