A madrugada se arrastava lenta e silenciosa na mansão dos Santos. Pedro estava sentado em sua poltrona de couro no escritório, com um copo de uísque pela metade e os olhos fixos na lareira apagada. As palavras de Isabela ecoavam em sua mente como um sussurro cruel: “O que um dia sentir por Pedro... está morrendo.”
Ele sabia que não era apenas uma frase dita em dor. Era uma constatação. Um ponto final. E por mais que seu coração ainda se agitasse ao vê-la, por mais que o perfume dela ainda o desestabilizasse, Pedro compreendia que havia ultrapassado limites que não se desfazem com desculpas.
Isabela estava ferida. Profundamente. E ele era o responsável.
A lembrança de Sofia, com seu sorriso seguro e sua presença constante, surgiu como uma alternativa possível. Ela o queria. Ela o esperava. E talvez, com ela, ele pudesse começar de novo — sem os fantasmas, sem os erros.
Pedro respirou fundo, como quem se prepara para um mergulho sem volta. Pegou o celular, abriu o bloco de notas e co