O céu ainda estava tingido de azul profundo quando Isabela abriu os olhos naquela segunda-feira. O quarto da mansão dos Gomes estava silencioso, e o aroma de café vindo da cozinha anunciava que Aurora já havia acordado. Isabela se levantou com calma, vestiu uma camisa branca e uma calça de alfaiataria, prendeu os cabelos em um coque firme e desceu para o café.
Teresa a esperava com um sorriso discreto.
— Dormiu bem, minha querida?
— Dormi. O corpo ainda está cansado, mas a mente já quer correr.
Aurora serviu uma xícara de chá e acariciou a mão da neta.
— Você voltou. Isso é o que importa.
Isabela sorriu, mas não perguntou por Pedro. E ninguém mencionou que ele havia procurado por ela durante sua ausência. A família Gomes, em silêncio, havia decidido que não valia a pena reacender esperanças que, para eles, já deveriam estar apagadas.
Após o café, Isabela pegou sua bolsa, conferiu os documentos e seguiu para a sede da CiaPlus. A cidade ainda despertava, e o trânsito leve permitiu que e