A manhã estava fria, envolta por uma névoa que parecia refletir o estado de espírito de Pedro. No escritório da mansão, os papéis estavam sobre a mesa: o novo acordo de divórcio, redigido com precisão por seus advogados. Pedro havia sido generoso — não por culpa, mas por reconhecimento. Isabela receberia propriedades, investimentos e uma compensação financeira significativa. Mais do que isso, ele havia pedido a guarda de Ana, acreditando que poderia oferecer estabilidade à filha.
Diogo e Felipe estavam ao seu lado, como sempre estiveram. Amigos desde a juventude, confidentes em todas as fases da vida. Mas havia algo nos olhares deles que incomodava Pedro — uma indiferença velada, quase um desprezo silencioso por Isabela.
Quando ela entrou no escritório, o ambiente pareceu congelar. Isabela estava impecável, como sempre. Vestia um conjunto sóbrio, os cabelos presos em um coque elegante, a expressão neutra. Cumprimentou os presentes com um aceno breve e se sentou diante dos papéis.
Pedr