Quando cheguei à sede da empresa, ainda ajeitando o cabelo e com a pasta na mão, a recepcionista me cumprimentou.
No corredor, avistei Elisa encostada à porta da sala de reuniões, braços cruzados e um sorrisinho malicioso.
— Atrasada. — Ela cantarolou. — Isso é inédito.
— O trânsito estava horrível. — Respondi, séria.
— Claro. — Fingiu acreditar, erguendo as sobrancelhas. — E por “trânsito” você quer dizer... um certo CEO?
Passei direto por ela, abrindo a porta e entrando como se nada tivesse acontecido. Iniciei a reunião e, de repente, meu celular vibrou no bolso.
Puxei discretamente e vi uma mensagem de Dante:
“Gostei do seu robe. Acho que você deveria usar apenas ele no nosso próximo encontro.”
Quase engasguei com o café que Elisa havia me passado. Digitei rapidamente:
“Preciso me concentrar na minha reunião.”
A resposta veio instantânea:
“Hum! Mais tarde converso com você então. Boa reunião... pense em mim e acabe com eles.”
Mordi o lábio para segurar o riso. Elisa, claro, percebe